terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A opinião do Presidente do Conselho das Escolas

O atual modelo é o melhor 

José Eduardo Lemos - Presidente do Conselho das Escolas

1 comentário:

  1. Este texto contém várias imprecisões para não dizer mentiras escabrosas. A que salta mais à vista é que quem assina este texto de opinião é o mesmo diretor que encetou um processo disciplinar a um docente pelo facto de este o ter chamado de "autocrata". Diz também o mesmo "autocrata" (pessoa que trata outros abaixo de lixo usando e abusando do seu poder de uma forma total, absoluta e arbitrária) que este modelo é melhor do que o anterior, embora nãos seja perfeito. Bem, caro sr. Diretor, nenhum modelo construído por humanos é perfeito, mas o anterior, embora tão corrupto e criminoso como o atual no que diz respeito ao terrorismo psicológico, à perseguição movida pelas direções a quem tem habilitações para exercer esses cargos, ao desvio de verbas, abuso de poder, falsificação e adulteração de registos biográficos, entre muitos outros ilícitos, no entanto, o anterior era melhor não porque a responsabilidade não tivesse rosto, tinha-o pois toda a gente sabia quem era o presidente do Conselho Executivo, mas porque todos na comunidade educativa participavam de forma democrática na escolha da liderança, o que lhe conferia uma aura de legitimidade, coisa que agora não tem, pois é imposta por um Conselho de Escolas em que quem domina é a autarquia e as conveniências partidárias junto com os aliados oportunistas das associações de pais. A passagem do pessoal não docente para as autarquias, a formação de megaagrupamentos e o próprio sistema iníquo e injusto de avaliação de professores, vieram também por si mesmos, adensar ainda mais o mau e permanente mal-estar e conflitualidade latente nas escolas e esse clima é bem patente na relação entre os professores e as direções escolares, onde existe um desequilíbrio de poder e de legitimidade, tal como a nível dos currículos existe um desequilíbrio entre os privilégios de Português e de Matemática e os restantes e carenciados grupos disciplinares. Por último, coloca críticas à escolha do diretor e a formação do Conselho Geral, mas este é beneficiado pelo mesmo Conselho Geral e pela conveniente conjuntura partidária na autarquia poveira. Recordo-me do tempo em que os membros dos Conselhos Executivos tinham várias cores partidárias, mas havia um espírito de missão em colocar a escola, os alunos e todos os que integravam a comunidade escolar acima desses mesmos interesses. A legislação atual define que quem tem habilitação e/ou experiência prática em termos de mandato em Executivos escolares possam exercer funções de direção nas escolas, portanto, a questão da habilitação está definida, embora - e esse é talvez o único ponto em que estou de acordo com o sr. "autocrata" - o Conselho geral escolhe, não o projeto e o seu mérito, mas o elemento que mais convém aos seus partidários interesses. Vejo isso mesmo em muitas das escolas por onde trabalhei. Portugal dá-se ao luxo de desperdiçar o mérito, a competência e a excelência em deterimento da mediocridade e do caciquismo partidário.

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