sábado, 1 de maio de 2010

Opinião - Ramiro Marques

Não vale a pena arranjar bodes expiatórios. Quem fez a dívida fomos nós, não foram as agências de rating nem os nossos credores. Medina Carreira anda há 5 anos a deixar avisos. Os opinadores afectos ao PS e ao Governo chamaram-lhe pessimista, velho do Restelo e louco. Afinal, o velho do Restelo tinha razão.
Não há maneira de sair disto sem uma forte redução nas despesas do Estado. Aqui vai o meu contributo para a área da educação:
Dica #1: Acabar com todas as comissões, grupos de trabalho e observatórios. Os diagnósticos estão feitos. Para quê pagar a reformados, sociólogos e especialistas em Educação para estudarem aquilo que há muito se conhece?
Dica #2: Acabar com as equipas de apoio às escolas. São muitas centenas de professores que não dão aulas. São pagos para andarem pelas escolas a ditar sentenças. Ponham-nos de regresso às salas de aula de onde nunca deviam ter saído. E digam-lhes: façam alguma coisa pelo país; trabalhem!
Dica #3: Acabar com as DRE. Quantos funcionários tem, por exemplo, a Drelvt? Vendam os edifícios das DRE e enviem os técnicos e funcionários para as escolas. Já imaginou o que se poupava em viaturas, ajudas de custo, deslocações e salários?
Dica #4: Pôr fim ao programa de requalificação das escolas gerido pela Parque Escolar. Ao que tudo indica, o Estado pouparia 1 bilião de euros.
Dica #5: Acabar com as reuniões presenciais com os directores e substitui-las por videoconferência.

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